A história de uma cidade muitas vezes pode ser contada através de suas construções. Seus prédios comerciais, casas, igrejas... somadas às lembranças daqueles que ali moram contam uma trajetória.
O Armazém RUARO, por muitos anos foi uma referência para as compras dos moradores de Frederico, estabelecimento onde tudo se encontrava.
O armazém que iniciou sua história com a venda de Erva Mate, cigarros e chinelos de couro pertencia a família de Antonio Ruaro e sua esposa dona Heliz Cerutti, os quais sempre contaram com o apoio de seus sete filhos.
Mais de 60 anos depois, a esquina agora é conhecida como prédio da Dismáquinas, que há muitos anos tem sua sede ali.
Como forma de resgatar e valorizar a história da família que ali morou e trabalhou, - e o prédio que seu Antonio idealizou e construiu, o mesmo em meados de 2020 passou por uma reformulação. “Foi uma forma que encontramos de resgatar a história da família e também valorizar o trabalho do finado Vô Antônio, no ano de 2020 iniciamos o projeto de reforma e restauração da construção” - Explica a neta Natalia Kist.
Responsável pela reforma a neta, Arquiteta e Urbanista Natália, tem escritório na cidade desde 2018 e é fã de restauração. Desde então tem ajudado a preservar as características dos prédios antigos da família, que além de trazerem beleza e preservação histórica, conseguem resgatar sentimentos e lembranças memoráveis. “Cada local, tem além de valor afetivo, muita história pra contar, dando um valor de patrimônio histórico já que significa algo pra alguém, além de ter detalhes como o piso de parquet que é um trabalho único” destaca.
Prova disso, são as histórias contatadas e o carinho que se tem pelo tempo passado. Dona Heliz, hoje com 92 anos, conta e relembra uma época feliz onde atendia o público na loja, vendia de tudo e conversava com todos.
Revitalizar e reformar é uma forma de manter viva a história não só de um espaço, mas de toda uma cidade, pois cada prédio, casa, monumento trazem em si lembranças e sentimentos únicos a todos que por ali um dia passaram.
“Vamos reformar mais e demolir menos? Valorizar nossas histórias? Além de dar valor para as tradições familiares e da comunidade, o prédio agora restaurado, mostrou os traços e volumes lineares e atuais que meu Vô há tantos anos teve a visão para projetar.”- ressalta a arquiteta.
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