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Compostex: iniciativa de Sustentabilidade e conscientização ambiental no dia-a-dia

Foto do escritor: Luara Krasnievicz DominskLuara Krasnievicz Dominsk

“Acreditamos que com a ação individual consciente pode-se criar impactos e mudanças significativas na sociedade e mundo” Melquior Scheid, 28 anos



A Compostex promove a sustentabilidade por meio da compostagem doméstica que busca, a partir da ação individual consciente, mudanças ambientais significativas na sociedade, modificando a relação com o próprio consumo. O projeto inicialmente começou com a utilização das composteiras domésticas, mas possui perspectivas futuras de promover outras opções sustentáveis para a vida das pessoas.


A ideia surgiu do engenheiro civil Melquior Scheid e apoio, também, da engenheira civil Camila Pezzini, que juntos possuem um escritório com visões voltadas para sustentabilidade, em Frederico Westphalen. Na percepção de Melquior faltavam instrumentos simples e eficazes para soluções ambientais na rotina das pessoas.

“A Composteira Doméstica é um um instrumento para se ter em casa que diminui consideravelmente o impacto dos nossos resíduos no mundo, ao mesmo tempo que traz à quem usa uma nova relação com o próprio consumo’’ explica o engenheiro.


A composteira doméstica da Compostex


As composteiras domésticas são formadas por duas caixas de 50 litros e uma menor, na base, que guarda o resíduo líquido, ou seja, o biofertilizante resultante do processo de compostagem.

O modelo básico dela é de 128 litros, acompanhada de uma telinha na parte de cima para evitar a entrada de insetos, e um suporte de madeira de eucalipto reciclado.


O processo que ocorre é de uma compostagem fechada evita a proliferação de animais indesejados. Devido ao cuidado diário e semanal e o acompanhamento para com os resíduo orgânico em fazer ele se compostar, se tornando adubo, acaba impactando o modo em como a pessoa vê e lida com todos os seus resíduos, até os recicláveis.


Afinal, o que é o processo de Compostagem?


A Compostagem é um processo biológico em que resíduos orgânicos se transformam em adubo natural que pode ser utilizado como um poderoso fertilizante nas plantas, jardins, agricultura, até mesmo substituindo o uso de produtos químicos.


O húmus, líquido resultante do processo de compostagem, é utilizado para enriquecer o solo criando condições favoráveis para o desenvolvimento das plantas.

“A vantagem da utilização deste, é de produzir hortaliças que não adoecem, resistentes a pragas e doenças, sendo assim livres de utilização de agrotóxicos” explica o engenheiro agrônomo Gaspar Scheid.


Pode-se dividir a compostagem em dois tipos: a vermicompostagem e compostagem fermentativa. Nas duas opções ocorrem processos semelhantes de fermentação.

A vermicompostagem utiliza-se minhocas para que se alimentam da matéria orgânica transformando-as em composto orgânico, ou seja, obtendo o húmus que possui balanço nutricional equilibrado para as plantas. Na outra opção não utiliza-se minhocas e o processo ocorre de maneira mais lenta.


A composteira da compostex utiliza a vermicompostagem, que é a compostagem utilizando minhocas. Ela aceita quase todos os resíduos orgânicos, mas não aceita gordura, óleos, carnes e fezes, por terem um processo diferente e que demora mais tempo e gera gases que causam mau cheiro.


Segundo o engenheiro Melquior Scheid os resíduos orgânicos são um problema para os aterros sanitários, pois com o excesso que chega até eles, é impossível resolver o problema de forma satisfatória. “O resíduo orgânico que chega no aterro vai acabar apodrecendo em um grande bolo, o que causa produção do metano, gases tóxicos, e um chorume bastante poluente”.


Não compostar os resíduos orgânicos pode significar uma grande perda para o meio ambiente. A compostagem tanto em soluções de aterro sanitário quanto no potencial de gerar adubo e fertilizante agrícola, ou energia elétrica com a queima do gás que é gerado nesse processo, pode ser também uma aliada para a redução do aquecimento global. Pensar na sustentabilidade não envolve apenas questões ambientais, impactam positivamente outros âmbitos como econômico e social.

“O econômico e o ambiental impactam no social, mas o grande impacto social é esse que venho batendo na tecla: a reformulação da nossa relação com os próprios resíduos.” reforça Melquior.


Ficou interessado em ter uma composteira em casa?

Entre em contato pelo Instagram: @compos.tex



Texto: Francelen Soares

Imagem: Renata Albiero


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